[Opinião] Sweet Evil de Wendy Higgins

Editora: HarperTeen

ISBN: 9780062085627

Título original: Sweet Evil

Série: The Sweet Trilogy

Ano de Lançamento: 2012

Ano de Lançamento Portugal: --

Páginas: 304

Classificação: ★★★ (3,5/5)

Outubro 2015

Sinopse:

"Embrace the ForbiddenWhat if there were teens whose lives literally depended on being bad influences?This is the reality for sons and daughters of fallen angels.Tenderhearted Southern girl Anna Whitt was born with the sixth sense to see and feel emotions of other people. She's aware of a struggle within herself, an inexplicable pull toward danger, but it isn't until she turns sixteen and meets the alluring Kaidan Rowe that she discovers her terrifying heritage and her willpower is put to the test. He's the boy your daddy warned you about. If only someone had warned Anna.Forced to face her destiny, will Anna embrace her halo or her horns?"

Opinião:

Este menino já andava debaixo de olho há muito tempo mas, para ser sincera, não estava nos meus planos de leituras dos próximos meses. A culpa desta mudança de planos deveu-se, mais uma vez, ao Grupo Read-Along do Goodreads pois, este foi o eleito da votação para a leitura conjunta de Outubro no género Fantasia Urbana. 

Já há muito tempo que não lia um livro baseado na temática dos Anjos Caídos e afins. Acho que o último livro do género que terminei foi, muito provavelmente, o Silêncio, terceiro livro da série Hush hush de Becca Fitzpatrick e isso já foi há uns dois anos (agora que penso nisso, possivelmente não era má ideia voltar a pegar na série, nem que seja para ler o último livro -.-). Por isso, até foi agradável voltar a este género literário.

Vamos ser sinceros, a história em si não é nada de novo para quem já leu alguns livros do género. Temos a típica "good girl" com algumas particularidades, que se apaixona por um "bad boy" lindo de morrer e que representa tudo aquilo que ela deveria evitar. Same old, same old.

A história centra-se nos descendentes dos Anjos Caídos, os Nefilins, numa visão ligeiramente diferente da que estamos habituados. Neste mundo, existe uma espécie de elite entre os Caídos, como que a realeza do grupo, onde cada membro está associado a um determinado pecado e tem como função aliciar os humanos a cair em tentação. Estes "senhores" são apelidados de Dukes. Existe o Duke da Luxúria, o Duke da Preguiça e da Gula, o Duke da Inveja, e por aí fora, acho que já perceberam a ideia. Os descendentes dos duques são obrigados a trabalhar para os pais. Consoante o pecado que o pai representa, a sua função é levar os humanos a cair na armadilha, ou seja, tentar os humanos. O grande problema aqui é que os Neflins, são considerados  seres inferiores pelos próprios pais e têm uma grande afinidade para o pecado que defendem, ou seja, acabam por ter uma tendência para a dependência.

"Dukes are the only demons allowed to possess human bodies. Each Duke commands a legion of demon whisperers who haunt the earth. The whisperers are called the Legionnaires. We sometimes just refer to them as spirits. Between the Dukes and the Legionnaires, there are six hundred and sixty-six demons on earth.”I did the math. “So, twelve Dukes, six hundred fifty-four whisperers, or Legionnaires... where do the Nephilim figure in?”“We’re just a by-product. We don’t count as human, but also don’t qualify as being part of the demon Legionnaires. We work for our fathers and keep our mouths shut. That’s it.”

Anna Whitt é uma rapariga aparentemente normal mas que apresenta algumas características particulares. A sua mãe morreu durante e o parto e nunca conheceu o pai, tendo sido criada numa pequena cidade da Georgia pela sua mãe adoptiva, Patty. Tudo o que Anna sabe é que há algo nela que não é normal. A rapariga consegue ler as auras dos que a rodeiam e sentir as suas emoções. Além disso, sente uma estranho desejo por substâncias ilegais que nunca experimentou. Quando conhece Kaidan Rowe, o sexy baterista dos Lascivious, percebe finalmente a razão para os seus poderes (e não só). Anna descobre que é filha de um Anjo da Guarda e de um Anjo Caído, que é nada mais, nada menos que o Duke das Substâncias de Abuso (isso explica a afinidade de Anna para as drogas). Além disso, a rapariga descobre que os Nefilins são apenas peões no jogos dos pais, com o único objectivo de espalhar a dor entre os humanos, o que é completamente contra os seus princípios.

“My mother was an angel," I blurted. "A guardian angel." Kaidan began to chuckle."What's so funny?" I asked."You. You're a walking contradiction. Horns and a halo. I don't belive it.” 

Kaidan Rowe, além de lindo é também um Nefilin e, ironia das ironias, é filho do Duke da Luxúria (Só podia! xD). O aparência e magnetismo inerente da sua ascendência, associados a um sotaque britânico e um ar misterioso, são o suficiente para deixar Anna fora de si. 

“Dear God!
I screamed and buried my face in my pillow.
"What?!" I heard him ask. "Did you see a roach?"
"Why are you naked?!" I did not dare to lift my red face.
"Huh. Is that all?" he asked. "I always sleep in the buff. I don't know how you can stand all that clothing."
"Unbelievable." I said, and without looking at him I pulled myself up and stomped to the bathroom.” 

A personagem Anna é um pouco irritante. A sério, ninguém é assim tão bonzinho e por vezes só me apetecia abaná-la. É uma croma xD O meu grande problema com esta personagem foi o facto de ela, por vezes, se tornar bastante aborrecida, principalmente que começa a chorar por tudo e por nada. Ain... -.-

Ok, ela é parte anjo e tal, percebo, mas não era preciso ser tãaaaaooooo sensível! Drama Queen xD Também é muito ingénua, demasiado ingénua para o seu próprio bem. Houve momentos em só pensava:

Os melhores momentos dela são quando está sob o efeito do álcool (ou do Kaidan xD). Mas, apesar de tudo, é uma rapariga corajosa e altruísta, disposta a tudo para proteger os que ama e, ao longo do livro comecei a sentir-me mais à vontade com ela.

Depois temos o Kaidan. O que dizer sobre ele? Gostei da personagem, apesar de certas coisas me intrigarem. Faltou aqui o ponto de vista dele em algumas situações mas, isso já foi resolvido no quarto livro da série, Sweet Temptation, que nos apresenta uma espécie de versão condensada dos acontecimentos da trilogia (e não só) sob o ponto de vista do rapaz.

É ele que confere o elemento cómico, rebelde e até sensual à narrativa e, juntamente com outras personagens secundárias, dá vida à história. 
Fiquei surpreendida com o pai da Anna, acabou por se revelar muito diferente do que estava à espera, in a good way. Em relação aos restantes Nephs, achei-lhes piada mas, não percebi bem a presença de Kopano. Há algo nele que não me agrada e só espero que a ideia não seja arranjar ali um pequeno triângulo!

Apesar de não ser um dos melhores livros de sempre, é bastante viciante e garante umas boas horas de entretenimento. Gostei da escrita da autora, é muito simples e fácil de ler. Fiquei curiosa com o final, não estava bem à espera daquele desfecho em particular, o que me dá vontade de continuar com a série (Se bem que fiquei um bocadito desanimada ao ler a sinopse do segundo livro...lá está, demasiado Kopano para o meu gosto...meh xD). We'll see ;)

Laura ;)